12 de junho de 2010

Tédio

Qual é, senhores, a graça em viver uma existência toda, na alegria tola da embolorada superfície de todas as coisas, desdenhando das ruelas úmidas e lúgrubes, reduto eterno do mistério que nos ronda e assalta invariavelmente?
Como sobreviver ao tédio dos dias insípidos, sem manter os olhos furtivos e o corpo teso na ânsia do encontro secreto?
O horror do cotidiano... esse eterno ir e vir incessante sem respostas, sem pouso, sem colo.
O horror do humano, massa desassossegada que transita pelas horas, pelos dias, como quem de nada sabe, amparada pela ignorância dos inocentes.

Um comentário:

............... disse...

"Qual é, senhores, a graça em viver uma existência toda, na alegria tola da embolorada superfície de todas as coisas, desdenhando das ruelas úmidas e lúgrubes, reduto eterno do mistério que nos ronda e assalta invariavelmente?"

hannnnn......., será justamente a graça de ser cego para a desgraça?