18 de novembro de 2008


É preciso colocar os pontos nos is. É preciso se situar, rotineiramente.
É preciso saber em que ponto da viagem se está. É preciso intuir nossos interlocutores.
Porque, no mais das vezes, os que nos cercam são apenas fantasmas que nos acompanham, nada mais do que isto. Sombras que já não dizem mais a que vieram.
Tornaram-se intraduzíveis. Passaram de aconchego a enigma.
Círculo e quadratura. Antagônicos.
São dispensáveis. Seu tempo esgotou-se.
Passou. Extinguiu.
Só Carolina não viu.
Portanto, é urgente e premente que fiquemos atentos.
Ao gesto, ao riso, a todos os sinais que tragam significados reais.
A vida é preciosa, curta, sagrada.
Nela não podem persistir equívocos que vamos rolando indefinidamente pelos dias afora.
Nela só podem consistir magia e mistério.
Sentimentos palpáveis, intensos.
Nela não podem residir as indecisões, as indefinições de toda ordem.
Nenhum minuto a desperdiçar com o que não tem mais ressonância.
Com o que nos corróis sem que o saibamos.
Com o que nos destrói na surdina.
A vida suplica por assertividade.
A vida insiste na urgência.
É preciso pontuar a vida. Olhar fundo nossos interlocutores.